terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mídia x Políticos

Essa é a disputa que parece não ter fim. Sempre que o assunto esfria, surge uma denúncia contra algum figurão de Brasília e esse se defende acusando a mídia de "sensacionalista", "abutres" ou coisas do gênero. Frases populistas usadas desde a Era Vargas. "Não me deixem só, queridos eleitores!"

Hoje, no Dia Internacional da Democracia, ocorreu uma sessão especial no Senado em comemoração à data. No seu discurso, o presidente da casa, José Sarney (esse mesmo), afirmou que a 'mídia é inimiga da democracia'. Para que eu não seja acusado de distorcer as palavras do glorioso presidente, vou postar um trecho do seu comentário:

"A tecnologia, hoje, levou os instrumentos de comunicação a tal nível que, a grande discussão que se trava é justamente esta: quem representa o povo? Diz a mídia: somos nós, e dizemos nós representantes do povo: somos nós. É dessa contradição que existe hoje, um contra o outro, que, de certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas." (trecho retirado do portal Último Segundo, do IG)

Não sou e nunca serei defensor da grande mídia. Não a considero representante do povo. Mas as instituições democráticas precisam ser observadas e fiscalizadas. E nada mais justo que a mídia cumpra com esse papel.

E a visão de que os políticos eleitos são os reais representantes do povo é levemente ingênua. Principalmente se for levado em conta que ela saiu da boca de um dos homens públicos mais experientes e influentes do nosso país. A mídia defende seus interesses, e os políticos defendem os deles. Não há interesse do povo com apenas uma dessas instituições funcionando plenamente, mas a intersecção entre as duas garante o funcionamento de uma sociedade democrática.

Engraçado também como o povo precisa ser representado mas não pode se manifestar diretamente. Se houver toda a regulamentação e proibição de campanhas políticas na internet, como assim o querem os "legítimos representantes do povo", não haverá possibilidade de o povo se manifestar livremente utilizando o meio de comunicação mais abrangente e livre do mundo. Isso é democracia? Será que os políticos, portanto, não estão agindo também contra a democracia?

A Reforma Eleitoral é necessária, mas que a discussão não seja desvirtuada para esse lado.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Anão vestido de palhaço mata oito na Croácia


Um crime aterrorizante assombrou a pacata cidade de Split, na Croácia, nesse domingo, dia 13/09. Um anão, identificado por testemunhas como o humorista Davor Vlasic, assassinou impiedosamente oito dos seus espectadores logo após o seu show.
As causas do crime ainda são desconhecidas, mas especula-se que a principal razão tenha sido o fato de que as vítimas não aplaudiram o palhaço ao fim de sua apresentação. "Eles nem sequer riram das piadas dele!", afirma o chefe de polícia local, Niko Klasnic.
No momento, tanto o assassino quanto a arma do crima (uma bomba de encher balões) encontram-se desaparecidos. O companheiro de shows do homicida, Ivan Kovac, afirmou à polícia que o amigo não pode ter ido muito longe, "afinal de contas, mentira tem perna curta".
As autoridades de todo o país encontram-se em alerta, e pedem para que os cidadãos croatas repassem à polícia qualquer informação acerca do paradeiro do anão. Ao lado, a foto divulgada para a identificação.
(à esq., Kovac, e ao centro, Vlasic, comemorando o Dia Internacional do Palhaço com Nanismo, no Sindicato dos Humoristas Profissionais de Zagreb, em outubro do ano passado.)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

E a marolinha passou...

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje, 11 de setembro, o crescimento de 1,9% do PIB brasileiro no segundo trimestre de 2009. Isso indica oficialmente que a recessão chegou ao seu fim. Ou, como diria nosso presidente, que "a marolinha já passou".

E como criou polêmica a tal da "marolinha", hein!?! Foi só a declaração sair da boca do Lula que as revistas "Veja" da vida e seus gloriosos leitores ferrenhos desataram a criticar de maneira irrestrita o termo utilizado pelo presidente.

Enquanto nos EUA algumas cidades (sim, eu disse 'cidades') inteiras foram à falência e viraram cidades-fantasma por conta do desemprego gerado pela crise, o Brasil sofreu consequências muito menores. O que confirma isso não é a minha opinião, mas sim os dados. Entre Abril e Junho, enquanto o mundo inteiro ainda discutia métodos de se recuperar da crise, o Brasil já estava crescendo.

A economia mundial baseia-se em confiança e especulação. Enquanto nós temos um presidente que acalma a população e incentiva o consumo, a União Europeia tem presidentes que se desesperam no primeiro sinal de crise e fazem reuniões atrás de reuniões para tentar "mostrar serviço", como se estivessem efetivamente combatendo a crise. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, chegou a anunciar a possibilidade de um novo Bretton Woods. E, pasmem caros leitores, a União Europeia continua em recessão!

A crise só afetou, no Brasil, os setores que dependem exclusivamente da exportação, ou seja, da economia externa. Isso prova o quanto nossa economia interna está fortalecida e estável. E, sejamos justos, o único mérito dos últimos presidentes nesse aspecto foi o de não atrapalhar. É a ordem natural das coisas...